ATUALIZAÇÃO: Caso encontre algum termo desconhecido, recomendo a utilização do meu Glossário BDSM, que está dividido em 2 partes (vide links a seguir): Parte 1 e Parte 2.
Olá, me chamo Gabriel, tenho 26 anos, como podem perceber pelo título do blog, sou um Dominador iniciante. Estou no BDSM oficialmente há cerca de 3 meses, tenho aproximadamente 1 ano de estudo sobre fetiches em geral, sendo os 3 últimos meses o período de estudo efetivo e proveitoso sobre o BDSM.
Estou há vários dias
pensando e discutindo comigo mesmo e cheguei à conclusão que sim, vale a pena
escrever meus pensamentos, minhas dúvidas e frustrações, enquanto iniciante no BDSM.
A prática de escrever
em um diário, de anotar pensamentos, de organizá-los coerentemente em uma folha
de papel era basicamente masculina e adulta, como forma de controle de viagens,
relatos domésticos, controle financeiro, entre outros. Depois se tornou um
hábito comum a ambos os sexos, reduzindo a idade inicial e, pelo menos até o
meio da minha adolescência, ter um diário era coisa de menina em torno da
puberdade.
No BDSM, a prática de escrever um diário, não mais físico, mas
virtual, é, majoritariamente, feminina e submissa, geralmente requisitada - ou
ordenada - pelo dono, como uma maneira de ter uma visão mais clara dos efeitos
que está causando no seu objeto de dominação (um exemplo de material de leitura de excelente qualidade é o da minha amiga, a sub {Lucy}_de_Dom Daniel: http://diariosubmissa.blogspot.com.br/,
ou apenas como uma forma de autoafirmação ou de divulgação de textos e poesias
sobre o BDSM.
Este fato me deixou
bastante relutante em dar início a isso. Devo acrescentar que a dúvida de
continuidade também pesou bastante para que essa demora se prolongasse. No entanto,
o que me convenceu a prosseguir, foi lembrar-me de um conselho há muito
recebido, onde me foi dito que escrever os pensamentos ajuda a enxergá-los
melhor. Posto assim parece uma coisa idiota e banal, mas até aceitar a
funcionalidade... Ô! Lá se foi um bom tempo perdido. Recentemente fui
entrevistado em um grupo do Facebook do qual faço parte e, no decorrer da
entrevista, percebi que estava falando de mim não só para outras pessoas, mas
estava contando pensamentos que tinha e que nem eu sabia.
Outro fator que sempre
pesou bastante foi a falta de material BDSM em português. Os (ainda poucos)
que, como eu, tem a sorte de ter aprendido outras línguas, adquirem uma clara
vantagem no conhecimento do meio fetichista, já que o material de estudo é
oriundo de lá.
Recentemente acabei
esbarrando em um texto escrito
pelo DomJupiter (cuja página é http://bdsm.domjupiter.com/), que me fez pensar mais efusivamente sobre
escrever. Junte isso com a busca pelo autoconhecimento, aliada à vontade de
trazer o material de qualidade gringo para mais perto das pessoas daqui, e
estes foram o que me fez resolver deixar a preguiça de lado e dar início a isso.
Não sei com qual
periodicidade traduzirei artigos, páginas, capítulos, ou terei coragem de
desnudar minha mente em relatos sobre minhas experiências.
Não pretendo que ninguém tome isto como certo, até pelo meu tempo irrisório de permanencia no meio, mas sim que tomem como uma oportunidade de reflexão e autodescoberta. Terei um prazer imenso em discutir pontos específicos, o texto inteiro, ou qualquer outro assunto, desde que de forma educada.
Espero que este material seja tão
útil para quem se interessar por lê-lo quanto pra mim, que o estou
escrevendo e me descobrindo a cada letra.
Até a próxima.
Caríssimo, nós iniciantes também podemos deixar registrado nosso início no BDSM. Eu infelizmente ainda não tive saco para criar um blog rs, mas admiro sua vontade, quem sabe um dia eu também monte um?
ResponderExcluirAcho válido postar aqui sua entrevista no Grupo, pode ser bacana para a galera saber suas opiniões sobre os assuntos levantados!
Foi postada agora, Subju!
ExcluirJá pode conferir e comentar! rsrsrs