Caso encontre algum termo desconhecido, recomendo a utilização do meu Glossário BDSM, que está dividido em 2 partes (vide links a seguir): Parte 1 e Parte 2.
Antes de mais nada, vai um pedido de desculpas pelo tempo longe do blog. A falta de tempo e a preguiça nas horas vagas me impediram de postar antes, hehehehe
Segue então mais uma singela contribuição sobre os principais tipos de bottom.
Deixo claro que existem vários outros e que as próprias definições aqui escritas podem - e com certeza tem - muitas diferenças e variedades, bem como definições próprias, de acordo com a experiencia e vivencia de cada um. Espero que gostem.
PRINCIPAIS TIPOS DE BOTTOM
O QUE É?
Antes de mais nada, vai um pedido de desculpas pelo tempo longe do blog. A falta de tempo e a preguiça nas horas vagas me impediram de postar antes, hehehehe
Segue então mais uma singela contribuição sobre os principais tipos de bottom.
Deixo claro que existem vários outros e que as próprias definições aqui escritas podem - e com certeza tem - muitas diferenças e variedades, bem como definições próprias, de acordo com a experiencia e vivencia de cada um. Espero que gostem.
PRINCIPAIS TIPOS DE BOTTOM
O QUE É?
Segundo a definição do
dicionário Merriam-Webster:
bot.tom \’bä-təm \
1. parte mais baixa
(de um contêiner, do mar), fundo
2. traseiro
No BDSM, bottom é o
parceiro que assume o papel de recebedor das práticas, e.g. bondage,
disciplina, humilhação, dominação, sadomasoquismo, etc.
O termo tem origem na
comunidade gay, significando o parceiro receptivo, o que está por baixo.
O QUE FAZ?
Como a definição já
conclui, o papel do bottom é receber as ações praticadas pelo Top.
De acordo com a
enciclopédia online da London Fetish Scene, o bottom é, geralmente, o parceiro
que dá as instruções, i.e., eles indicam ao Top o que pode acontecer e em que
momentos podem acontecer. Isto pode sofrer variações em uma ampla escala de
“quantidade de comandos recebidos pelo bottom”, que definirá sua classificação.
É importante ressaltar
que NEM TODO BOTTOM É SUBMISSO AO TOP.
TIPOS DE BOTTOM
NO BONDAGE/SHIBARI(KINBAKU)
Os nomes podem variar
de acordo com a ênfase no tipo de restrição.
Cativo – É a pessoa
que está amarrada, acorrentada ou aprisionada.
Prisioneiro – É o
termo preferencial em casos onde o foco seja o aprisionamento ao invés da
contenção direta.
Vítima – É a definição
dada em situações onde a ênfase é dada aos castigos sofridos pelo bottom
contido.
Dorei – A tradução literal significa “escravo”. Dorei são
bottoms do Shibari/Kinbaku, mas diferenciam-se dos bottoms do bondage na
questão da servidão. Doreis pertencem ao Kinbakushi/shibarista e estão ali para
servir ao propósito do artista das cordas, seja este qual for.
Nenhum destes termos
significa que a pessoa está relutante ou de má vontade, ou seja, estes termos
DEVEM SER APLICADOS APENAS em situações de CONSENSUALIDADE.
NA DISCIPLINA
Brat – A tradução literal de brat seria algo próximo de
pirralho, no sentido pejorativo da palavra. No BDSM, brats são bottoms que
têm por hábito responder, desafiar, serem consideravelmente
desobedientes, mas sem faltar com o respeito. Brats jamais se submetem. O Objetivo é ser subjugado. Ao contrário do que se pensa, não é uma busca por atenção, mas sim algo que poderia ser lido, de maneira mais simplista como um "Mande se puder. Conseguiu? Vamos ver por quanto tempo". O que é, aparentemente, uma péssima qualidade pra um submisso, pode, na verdade, divertir alguns Tops – dadas as devidas proporções – e ser um componente importante na relação envolvendo a troca de poder.
NA DOMINAÇÃO
Submisso – Também
chamado pela forma abreviada “sub”, é um termo que define uma pessoa que abriu
mão do próprio controle e se satisfaz com essa entrega. Submissos podem variar
no grau de seriedade, treinamento e situação que assumem e se encontram. Pode
ser motivado pelo alívio da responsabilidade, busca por uma sensação de
segurança, tornar-se um objeto de atenção e afeição, excitação sexual
proveniente de humilhação e até mesmo para demonstrar resistência e
perseverança.
Também podem variar no
aprofundamento da interação na play, na frequência das plays e até mesmo se
consideram o papel de submissão uma questão de plays ou não.
É um termo que pode
definir estritamente um bottom na relação de dominação e submissão ou pode ser
utilizado de maneira mais generalista para situações variadas onde o bottom
abdica dos direitos de tomar as próprias decisões. Todos os termos inclusos na categoria
“Dominação” podem ser considerados submissos.
Alpha Sub – é uma
posição que só pode existir quando um dominador tem mais de um submisso. Neste
caso, o Alpha sub é o submisso a quem é garantido mais respeito e,
consequentemente, um certo poder sobre os outros submissos. Geralmente é o
submisso mais antigo, mas isso não é uma regra.
Escravo – O ponto
extremo da submissão. É tido como “ponto de conhecimento geral” o fato de que,
em comparação com subs, escravos entregam o controle mais amplamente ao Dono –
ou Mestre. Escravos geralmente não têm, após a negociação, o direito de
renegociar, bem como o controle da hora de forçar a barreira dos limites –
estes são, por sua vez, definidos pelo dono.
Do ponto de vista do
comportamento, escravos costumam ser privados de se sentarem ao mesmo nível do
dono, mantendo-se geralmente ajoelhados ou sentados no chão, aos pés do dono.
É comum a citação de
que escravidão é um estilo de vida e que escravos não o são por opção, mas por
uma necessidade interna que só é saciada pela servidão inconteste.
Escravos geralmente
não fazem uso de safeword, dando a concessão absoluta de controle para o dono.
Escravos também podem
ser “classificados” (num sentido bem amplo da palavra) em categorias de função:
utilitários e/ou sexuais. Sendo o primeiro, um tipo de escravo que realiza
tarefas sem conotação sexual, independente da vestimenta – ou ausência da mesma
– como escravos domésticos, que são o tipo mais comum e têm como tarefas
básicas a manutenção da residência do dono, limpeza, etc. O segundo tipo, realiza
tarefas puramente sexuais, sejam estas com o dono ou não, de acordo com a ordem
deste, óbvio.
É importante salientar
que escravidão não é, necessariamente uma Relação TPE (Total Power Exchange) e
o escravo pode – ou não – residir com o dono, bem como pode – ou não – ter um
trabalho fora do relacionamento, estudar, se manter e tomar conta das próprias
finanças.
Cabe reforçar também
que escravidão, no sentido basal da palavra, é terminantemente proibida por lei
e rejeitada moralmente. Escravidão no âmbito do BDSM é um comportamento
consensual, sendo vedado ao escravo o direito irrevogável de entregar a coleira
e sair do relacionamento a qualquer momento (alguns consideram que este é o
único direito real do escravo).
Pet – São considerados
por alguns como um nível mais profundo de escravidão, onde o bottom abandona o
comportamento humano e passa a agir como um animal. Os mais comuns são canídeos
(cães, lobos, raposas), felídeos (gatos, tigres, leões) e equídeos (cavalos e
pôneis). Este último pode ainda ser dividido em 3 categorias:
Pôneis de carroça –
geralmente são atrelados a uma pequena carroça onde o dono se posiciona para
ser puxador pelo pet.
Pôneis de montaria –
São montados pelos donos e os levam – tanto sobre 2, quanto sobre 4 pernas – na
parte posterior das costas ou nos ombros.
Pôneis de exibição –
São apenas para exibição de vestimenta ou de adestramento.
SAM (Smat-ass
masochist) – Literalmente, Masoquista espertinho. É o submisso que também é
masoquista e exibe um comportamento ruim (e.g. sarcasmo, responder,
desobedecer) de maneira a receber atenção e se fisicamente castigado
posteriormente.
Enquanto Babies retratam, literalmente, bebês e usam fraldas, chupam chupetas, desenvolvem uma linguagem (ou falta dela) própria, Littles retratam crianças pequenas, geralmente acabam definindo para si uma idade específica e regulam seu comportamento de acordo com tal.
Existem ainda outros hormonios, como serotonina e melatonina que podem ser liberados em situações emotivas ou estressantes, o que, quando bem trabalhado, pode ser uma forma de reforço positivo que levarão à busca pela repetição de tais sensações.
Segue abaixo um diagrama
indicando, de maneira generalista, a posição e a “profundidade” de cada tipo de
bottom.
O texto é bem explicativo.O diagrama acho q não abarca tudo o que realmente acontece hj, ou é que um Brat não pode ser masoquista? Qual a fonte da informação?
ResponderExcluirOlá, Gabriela!
ExcluirDe fato, não abarca, mas esta nunca foi a intenção. A frase logo acima do diagrama diz que ele indica de maneira generalista as posições e "profundidade" dos tipos de bottom. Um diagrama que mostrasse todas as possibilidades teria que ser tridimensional e com pontos e linhas.
Algo mais ou menos assim: http://doye.chem.ox.ac.uk/news/Scinet.jpg
Além disso, lá no comecinho do texto, grifado em azul, eu disse que as definições podem ter - e com certeza tem - muitas diferenças e variedades.
Sendo assim, em nenhum momento eu disse que X não pode ser Y, apenas defini as características básicas de cada um.
;)
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirMuito bom! Estava achando que tinha características de Brat, mas na verdade seria SAM... Adorei saber. ^^
ResponderExcluirEsse universo é muito curioso e imenso meu Deus
ResponderExcluirOlá, tudo bem?
ResponderExcluirSua explicação é magnífica! Parabéns!
Só tenho uma dúvida boba, mas me confunde bastante.
Sobre o Brat... Ele pode ocupar a posição de Top? Ou um Brat sempre é o bottom da relação?
Brat é sempre bottom sim.
ExcluirOi, eu quero ser dominatrix profissional, estou pretendendo fazer um curso sobre BDSM,preciso conversar com alguém que já faz parte desse mundo.
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