Caso veja algum termo em algum site e não encontre o significado aqui, não deixe de comentar. Sabendo o que falta, posso adicionar e tornar o glossário cada vez melhor e mais completo.
Antes de prosseguir com os posts, sinto a obrigação de fornecer
(mais um) glossário ou “dicionário” BDSM. Não só os iniciantes se confundem com
os termos, mas alguns já iniciados e até mesmo algumas pessoas mais antigas no
meio, muitas vezes por não terem um conhecimento adequado (avançado?) de Inglês
- lingua mater do BDSM – acabam se confundindo com o
significado dos termos, o que, a meu ver, pode gerar uma certa confusão quanto
a funções e funcionalidades de certas práticas.
Utilizei como base os livros “Screw the roses,
send me the thorns”, “The ultimate guide to kink”, alguns dos blogs listados aqui
na coluna à direita da página, o glossário da página inglesa da Wikipedia, um
ou dois dicionários online e, provavelmente mais algum site ou texto que,
porventura, tenha esquecido de anotar.
Não pretendo que este seja o mais completo, ou
o mais correto, mas vou me esforçar bastante pra que seja bastante útil.
Como muitos termos são em inglês, tomei a liberdade de transcrever a pronúncia aproximada - o que foi bastante divertido, diga-se de passagem - para que aqueles que não tem este conhecimento poderem pronunciá-los de forma mais correta. Sendo assim, o que verão será:
Termo (pronúncia): Significado [ver Termo relacionado]
Termo (pronúncia): Significado [ver Termo relacionado]
24/7: Uma relação onde os protocolos ocorrem continuamente. Literalmente 24
horas por dia, 7 dias por semana.
Abrasão/Abrasion play (Abreijon plei): Prática ligada ao desgaste por atrito; ato de raspar, friccionar, esfregar, etc.
Açoite: Um chicote com várias pontas não trançadas.
Açoitar: Golpear com um açoite.
Aftercare (Éfterquér ou Áfterquér): Período de tempo após uma cena ou sessão, onde
os participantes se acalmam, discutem os eventos prévios e suas reações. É o
momento onde ambos “voltam à realidade”. Práticas BDSM envolvem uma descarga
muito grande de endorfinas e a falha em efetuar esta prática corretamente pode
levar ao drop. [ver Drop, Subdrop]
Ageplay (Eidj-plei): Lit. brincadeira de idade. Prática onde um ou ambos os participantes assumem papeis de idades diferentes da real. Geralmente Parente/criança, Professor/aluno, mas ainda podendo ser Idoso/enfermeiro, Avô/neto. Não inclui
necessariamente a insinuação de incesto, mas sim a relação afetiva entre as
partes.
Algemas: dispositivos mecânicos destinados a manter presos os pulsos, tornozelos
ou dedos de uma pessoa. Podem ser de metal, de couro, de plástico, de corda ou
zip-ties.
Algolagnia: É o ato de transformar dor em prazer sexual. É um sinônimo para
sadomasoquismo. [ver: Sadismo, Masoquismo]
Anal
play (Einal
plei): Lit. Brincadeira anal.
Qualquer prática sexual ou fetichista relacionada ao ânus ou reto. Inclui,
grosseiramente, sexo anal, enema, fisting anal, anilingus.
Anal torture (Einal tórtchur): Lit. tortura anal. Prática de infligir dor no
ânus.
Anilingus: Sexo oral-anal.
Animalismo/Fantasia de Transformação Animal: Fetiche onde o foco é a entrada do sub em um estado alterado de comportamento, imitando o de uma outra espécie (cães, gatos, cavalos, etc.). [ver Animal Play, Petplay]
Animal Play: O bottom age e/ou se veste como um animal (cãozinho, gatinho, pônei, vaca, raposa, etc.). [ver Animalismo/Fantasia de Transformação Animal, Petplay]
Animal Play: O bottom age e/ou se veste como um animal (cãozinho, gatinho, pônei, vaca, raposa, etc.). [ver Animalismo/Fantasia de Transformação Animal, Petplay]
Asfixia: Prática onde o Top restringe o fluxo de ar (e/ou sanguíneo), visando atingir o
aumento da sensação orgasmática.
Balanço: Dispositivo de suspensão total. Útil em associação com acessórios
menores de privação de sentidos, ou para a prática sexual. Bastante útil também
para espancamentos e torturas específicas.
Baunilha: Descreve pessoas, coisas, ações, práticas e atividades que não fazem parte da cena BDSM. O termo não deve ser usado pejorativamente.
BDSM: Acrônimo criado no final dos anos 1980 através de fóruns na internet para
amortecer o impacto causado na sociedade pelo termo Sadomasoquismo. Só começou
a ser efetiva e amplamente aceito no início dos anos 2000. Incorpora as siglas
B&D (Bondade e Disciplina), D&S (Dominação e Submissão) e S&M
(Sadismo e Masoquismo).
Bloodplay: Práticas relacionadas a sangue. Geralmente ligadas ao Vampirismo
clínico ou ao Estilo de vida Vampira.
Bondage (Bôndaj): Qualquer prática ou ato de restringir
fisicamente os movimentos, partes do corpo e/ou sentidos.
Bondage e Disciplina (B&D): Um termo clássico e amplo referente à
diversas práticas sexuais incluindo bondage, treinamento de escravos, punição
corporal e representações de dominação e submissão. Termo surgido em revistas
nos anos 1970 e largamente usado nos anos 1980 pelos praticantes do Love
Bondage (bondage do amor), prática mais aceita e um menor alvo do preconceito
que o sadomasoquismo.
Bondage Japonês: [ver Shibari]
Bondage mental ou psicológico: Bondage sem cordas, por comando. Um bottom instruído por seu dominador a se manter em uma posição se sentirá obrigado a
obedecer.
Bottom: Qualquer praticante que seja o participante passivo, ou seja, é quem
se submete ao bondage, ao treinamento, às punições corporais, é o masoquista, etc., mas não é
necessariamente ligado emocionalmente à/ao parceiro dominante (Top).
Bottoming
from the top: Lit. “se submeter por cima”. Originalmente era um termo ruim, que denegria o
Top que permitia que o bottom controlasse a cena. Esta prática se tornou um
estilo válido de prática. Muitos Tops participam de cenas onde eles preferem
recebem ao menos alguns direcionamentos de seus bottoms. Alguns até preferem
este estilo de prática e gostam de se denominar Submissos sádicos. No Brasil,
ainda é uma prática não muito aceita. [ver também Topping from the bottom].
Brat (Bret): Um bottom que gosta de discutir e lutar contra
o controle, ou de desafiar o Top. É uma prática de amplo espectro que se
estende do “inferior arrogante” ao “masoquista espertinho”. Alguns brats estão
apenas testando o dominante, outros tem o desejo real de serem “conquistados e
domados”, enquanto outros apenas não gostam de ser dominados [ver também Masoquista espertinho].
Breast bondage (Brést bôndaj): Amarrar os seios com cordas, fios, barbantes,
elásticos, cachecóis, etc. como parte do S&M ou play erótico. Pode envolver
Nipple bondage ou clamping [ver Nipple
bondage, clamping].
Brown Shower (bráun xáuer): [ver Scat]
Bull (Búl): Lit. Touro. Homem com quem a mulher adúltera se relaciona. Popularmente conhecido como Ricardão. [ver Cuckold, Cuckquean, Cuckoldress, Cuckcake]
Brown Shower (bráun xáuer): [ver Scat]
Bull (Búl): Lit. Touro. Homem com quem a mulher adúltera se relaciona. Popularmente conhecido como Ricardão. [ver Cuckold, Cuckquean, Cuckoldress, Cuckcake]
Bullwhip (Búl-uíp): Chicote clássico, com mais de 1,5m de comprimento, com cabo rígido, de couro trançado em camadas
e com um cracker (estalador) na ponta.
Breath Control (bréth contrôu) /
Controle da respiração: O
dominante controla a respiração do submisso através de máscaras de gás ou
aparatos similares, por asfixia ou cobrindo a boca e o nariz.
Body modification / Modificação corporal: Termo genérico para práticas que remoldam ou ornamentam o corpo para objetivos rituais, sexuais, eróticos, decorativos ou
fetichistas. As práticas envolvem, normalmente, tatuagem, piercings, branding,
cutting e corsetry [ver branding,
cutting, corsetry].
Branding (brendin): Queimar a pele, geralmente com metal quente, para produzir uma cicatriz. Branding pode ser parte de uma cena, ritual ou
modificação corporal. O design geralmente consiste de várias linhas desconexas
e curvas, cada uma necessitando de uma queimadura diferente. A razão para a não
conexão das linhas é para permitir que os elementos do desenho não formem
cicatrizes disformes, visto que pele humana se recupera diferentemente do couro
animal.
Boundaries (báundaris) /
Fronteiras: Geralmente
referentes aos limites negociados antes de uma sessão, cena ou discutidos
periodicamente em um relacionamento.
Butt plug (bãt plãg) /
Plug anal: Semelhante a um
consolo, mas em formato de pera com uma base reta e larga, que serve para
prevenir a entrada total do instrumento e possível perda na cavidade anal,
enquanto o formato de pera mantém o plug no lugar. Existem de variados tamanhos
e alguns podem vibrar.
Cage (Quêidj): Gaiola, jaula. Podem ser caixas de transporte
paa animais de grande porte ou feitas sob medida.
Cane (queine): Lit. Bengala. Varas feitas de bambu tratado,
rattan (semelhante ao bambu, mas não é oco), fibra, plástico, ou qualquer outro
material que não estilhace.
Caning (queinin): Prática referente a golpear o bottom com uma
cane.
Capuz / Hood (rúd): Uma cobertura para a cabeça. Capuzes no BDSM
são feitos de vários materiais, principalmente couro, spandex e borracha.
Alguns capuzes são feitos para ornamentação, outros funcionam como parte do
Bondage para controlar ou restringir visão, audição, fala (incorporando um
Gag), e/ou respiração.
Castidade: Uma forma de negação de orgasmo ou de erotismo, onde um bottom é
proibido de acessar e/ou estimular seus genitais, exceto quando autorizado ou
comandado pelo Top. Geralmente através de um dispositivo (cinto de castidade ou
gaiola peniana), que previne o contato e é lacrado através de uma tranca
controlada pelo Top.
Cat o’nine tails (quét
onain teiuls) / Cat (quét) / Gato de nove caudas: Instrumento originalmente utilizado pela
Marinha Inglesa. É, basicamente, um açoite com 9 tiras trançadas com nós nas
pontas. O nome “Cat” pode ser usado para designar qualquer tipo de açoite.
Catarse: Purgação de emoções e/ou estresse durante uma cena. Pode ser
intencional ou não.
C.C.C.: Um dos acrônimos do BDSM. Foi criado após o RACK e efetivamente cunhado após o PRICK por aqueles que estavam insatisfeitos com a falta de ligação emocional ao bem-estar dos participantes. Significa "Commited Compassionate Consent" ou Comprometimento ao Consentimento Compassivo".
Cena: 1.Um período de tempo estipulado para atividades BDSM. O mesmo que Sessão. 2. A comunidade BDSM ou fetichista (“a Cena”).
Cena: 1.Um período de tempo estipulado para atividades BDSM. O mesmo que Sessão. 2. A comunidade BDSM ou fetichista (“a Cena”).
Checking-in / Conferindo: Ato de questionar o bottom como eles estão ou
como se sentem durante uma cena. Perguntas específicas atingem objetivos mais
úteis. Uma resposta positiva para “Você está bem?” significa apenas que a morte
não está batendo à porta, mas podem existir problemas. “Você gostaria de
sensações mais fortes (ou mais fracas)?” funciona melhor. “Está bom pra você?”
durante uma cena é melhor que o clássico “Foi bom pra você?” após. Isto não
deve substituir o foco e a observação do Top, sendo apenas mais um fio na malha
da segurança.
Chicote / Whip: Objeto utilizado para bater em um bottom.
Muitas pessoas na cena estrangeira utilizam o termo incluindo canes, paddles,
slappers, etc., além dos chicotes propriamente ditos (ver Bullwhip, Snake whip, Stock whip) e açoites.
Chudwa / CHDW / Wannabe (Uãnabí): Acronimo para Clueless(sem-noção), Horny /Het
(tarado/hetero), Dominant(dominante) Wannabe. Termo de escárnio usado para
designar Wannabes [ver Wannabe].
Cingir: 1. Usar uma cília ou um acessório semelhante a um, mas menos envolvente
que um corset. 2. Uma técnica do Bondage como, por exemplo, para apertar as
voltas de uma corda para manter os punhos juntos, laçando transversalmente os
anéis já feitos.
Cinto de Castidade / Gaiola peniana / Cock Cage
(coque queij): Acessório projetado para frustrar, limitar ou restringir a atividade
sexual, orgasmo e masturbação. A primeira menção detalhada de um instrumento
deste tipo data de 1405. Diversos modelos foram desenvolvidos e aperfeiçoados,
aumentando a segurança, o conforto e a higiene.
Clamp (clémp) /
Presilhas / Braçadeiras:
Clamps de mamilo (mini pregadores), pregadores de roupa e binders de papel
(pregadores metálicos) são usados para prender ou espremer uma pequena parte de
pele. Áreas-alvo comuns são mamilos, seios em geral, pênis, vulvas, e outras
áreas eroticamente sensíveis como laterais do copo e laterais internas das
coxas. Pesos podem ser adicionados para aumantar o rigor.
Clip / Clipe: [ver Clamp].
Clean (clin) /
Limpo: Código ou gíria
utilizada para descrever uma condição de estar livre de doenças [ver Code Word / Palavra Código].
Clueless (clulés) /
Sem-noção / Tapado: Não ter a
capacidade de entender um tópico. Pessoa sem discernimento.
Cock and Ball Torture / CBT / Tortura peniana e
escrotal: Tortura infligida
nestas partes do corpo usando pregadores de roupas, clamps em geral,
eletrochoques, gaiolas penianas, agulhas, pesos, e vários tipos de amarras.
Code Word / Palavra Código: Palavra(s) usada(s)em anúncios pessoais para
disfarçar tendências sexuais que possam ser inaceitáveis para a sociedade em
geral.
Coleira – 1. Símbolo de entrega usado por um submisso. Uma coleira é dada em um
relacionamento como símbolo de profundo comprometimento e união. Um submisso
“encoleirado” é considerado como pertencente ou como parceiro do Dominador. 2.
Uma peça de bondage utilizada ao redor do pescoço. [ver Pertencer / Ser pertencente, Encoleirado, Encoleiramento]
Comunidade fetichista: Nome dado ao grupo de pessoas que têm uma
orientação sexual ou de gênero alternativa, não incluindo a comunidade LGBT
baunilha.
Condicionamento: Termo usado na psicologia para o processo de
criar deliberadamente um elo entre uma resposta desejada e um estímulo não
relacionado. Muito do que as pessoas na comunidade BDSM se referem como
treinamento ou treinamento de escravos usa técnicas clássicas de
condicionamento. O primeiro período de psicologia teria um grande acréscimo de
inscrições se os professores universitários percebessem que treinar um sub para
ter um orgasmo sob comando é muito mais interessante que treinar pombos a jogar
ping-pong.
Consciência eroticamente alterada: Qualquer um dos vários estados de consciência
alterada atingidos pela estimulação erótica. [ver Sub-space, Endorfinas, Flying, Top-space]
Consensual: Comportamento ou atividades acordadas por todas as partes envolvidas.
Consentimento real é consentimento informado e requer um conhecimento prévio e
preciso de possíveis riscos.
Consentimento Condicional: A “ficada” BDSM. Uma troca de poder limitada,
negociada por um Dom e um sub por uma cena única ou por um curto período de uma
Play, como, por exemplo, uma noite, um dia ou um fim de semana. [ver Níveis de Troca de Poder]
Consentimento Contínuo Restrito: Um acordo negociado entre um Top e um bottom,
para brincarem casualmente por um período de tempo estendido sem envolvimento
emocional sério. [ver Níveis de troca de
poder]
Consolo / Dildo: É um brinquedo sexual de fomato fálico, feito
para penetração masturbatória ou durante o ato sexual com parceiros.
Contrato: Um acordo escrito entre um Dominador e um submisso. Pode ser formal ou
não e, geralmente, é escrito após extensa negociação pelo dominador e o
submisso, delineando a estrutura, diretrizes, regras e limites para a relação.
Não é um contrato legal de união.
Crossdresser: Indivíduo que gosta de se vestir como o sexo oposto. Geralmente, mas não exclusivamente, homens
que se vestem de mulheres.
Crossdressing: Praticar ações típicas de um crossdresser.
Crucificação: Bondage incorporando como acessório uma cruz. Os braços do submisso são
amarrados, não pregados. Muito cuidado deve ser tomado para que o corpo esteja
apropriadamente suportado, prevenindo, assim, a asfixia.
Cruz de Santo André: Um dispositivo de crucificação em forma de X.
Cuckcake (cãc-queik): É a mulher que se relaciona com o parceiro da cuckquean. Versão feminina do Bull. [ver Cuckquean, Bull]
Cuckold (cãcoud): Lit. Corno. É o homem cuja parceira é adúltera. No meio fetichista, é o homem que sente prazer em ser traído pela mulher com outro homem, denominado Bull. Muitas vezes, associado ao voyeurismo. [ver Bull, Cuckoldress, Voyeur]
Cuckoldress (cãcoudrés): Mulher adúltera do cuckold. Se relaciona com este e com o Bull. [ver Bull, Cuckold]
Cuckquean (cãc-cuin): Lit. Corna. É a mulher cujo parceiro é adúltero. Equivalente feminino ao Cuckold.
Cuckcake (cãc-queik): É a mulher que se relaciona com o parceiro da cuckquean. Versão feminina do Bull. [ver Cuckquean, Bull]
Cuckold (cãcoud): Lit. Corno. É o homem cuja parceira é adúltera. No meio fetichista, é o homem que sente prazer em ser traído pela mulher com outro homem, denominado Bull. Muitas vezes, associado ao voyeurismo. [ver Bull, Cuckoldress, Voyeur]
Cuckoldress (cãcoudrés): Mulher adúltera do cuckold. Se relaciona com este e com o Bull. [ver Bull, Cuckold]
Cuckquean (cãc-cuin): Lit. Corna. É a mulher cujo parceiro é adúltero. Equivalente feminino ao Cuckold.
Cutting: 1. Fatiar a pele como parte de Modificação corporal, ritual ou cena.
Mais frequentemente são transferidos desenhos para a pele como se fosse para o
desenvolvimento de uma tatuagem. Em seguida, bisturis, navalhas, facas
especiais para trabalhos artísticos, ou alguma outra ferramenta cortante
incisam a pele entre 2mm e 5mm de profundidade. Cutting pode incluir coloração
através de tintas para tatuagem ou cinza de charuto esfregada nas feridas
abertas. Muito cuidado deve ser tomado para garantir condições estéreis. 2. A
rachadura da pele por uso de um instrumento corporal. Chicotes de tira única,
canes, talas e outros podem cortar se utilizados de maneira imprópria.
Disciplina: O “D” em B&D. Pode significar 1. Punição, 2. Treinamento
estruturado de um submisso.
Dominação: O “D” em D&S. A postura ou ação de empoderamento consensual de um
parceiro pelo outro para melhoria erótica.
D&S: Dominação e submissão. São os fundamentos emocionais e psicológicos do
BDSM. Termo cunhado nos anos 1980 para descrever a dinâmica de poder em uma
cena ou relacionamento. As pessoas utilizavam D/s para refletir a maneira como
o poder era trocado em atividades SM ou para expressar de melhor maneira seus
interesses em papéis como Mestre/escravo ou Pai/filho, por exemplo. Hoje em
dia, o termo é utilizado, geralmente, para denotar relacionamentos construídos
sobre uma dinâmica de poder Dominador-submisso onde a troca de poder é sempre
ou quase sempre presente (podendo existir sem outros elementos BDSM). Estas
dinâmicas podem ser reforçadas por vários rituais, protocolos e comportamentos
e seus níveis de comprometimento tem nomenclaturas específicas (e.g. 24/7, TPE,
APE).
Dominação Psicológica / Head games (réd gueims): Termos utilizados para descrever uma prática abusiva. Uma forma de manipulação psicológica não consensual,
visando obter respostas comportamentais de uma pessoa em uma maneira específica
para objetivos próprios.
Dominante, Dominador, Dom, Domme, Domina,
Dominatrix: A pessoa que
recebe o
controle em uma troca
de poder consensual.Dominante pode se referir à ambos os sexos. Dominador e
Dom, no Brasil, são apenas masculinos, enquanto “Dom” e “Dominant” pode ser
unissex no exterior. Domme, Domina, Dominatrix são apenas femininos, sendo
Dominatrix geralmente utilizado por Dominadoras profissionais.
Dor: Conjunto de sensações físicas, emocionais ou psicológicas, geralmente
intermitentes.
Os termos seguintes são usados abertamente por praticantes BDSM do exterior, significando que, mesmo o BDSM podendo incluir um elemento de dor consensual, esta tem um propósito, sendo alguns tipos aceitos e outros não dentro de cada relação.
Um exemplo baunilha seria a dor sentida após uma sessão de exercícios na academia e a dor de quebrar uma perna.
Os termos seguintes são usados abertamente por praticantes BDSM do exterior, significando que, mesmo o BDSM podendo incluir um elemento de dor consensual, esta tem um propósito, sendo alguns tipos aceitos e outros não dentro de cada relação.
Um exemplo baunilha seria a dor sentida após uma sessão de exercícios na academia e a dor de quebrar uma perna.
Dor boa: É a dor
esperada, provocada dentro dos limites, objetiva.
Dor ruim: É a dor fora
dos limites, não mútua ou não valorizada, não desejada.
Dor erótica: Estímulos que são doloros sob condições normais, mas são prazerosas ou
excitantes em um contexto sexual.
Drop (dróp): Sentimentos de abandono, depressão, medo, desgosto, remorso, etc. após participar de uma cena/sessão BDSM. Pode ser experienciado tanto por um Top quanto por um bottom. Jay Wiseman, autor de “SM 101” usa o termo “Top Drop” para descrever essas sensações quando sentidas por um Top e "Sub Drop" quando sentidas por um bottom.
Drop (dróp): Sentimentos de abandono, depressão, medo, desgosto, remorso, etc. após participar de uma cena/sessão BDSM. Pode ser experienciado tanto por um Top quanto por um bottom. Jay Wiseman, autor de “SM 101” usa o termo “Top Drop” para descrever essas sensações quando sentidas por um Top e "Sub Drop" quando sentidas por um bottom.
Dungeon (dãndjeon): Uma sala ou área com espaço e equipamentos
BDSM.
Dungeon Monitor / Dungeon Master / DM: A pessoa que supervisiona as interações entre
os participantes em uma Play Party ou em Dungeons, visando a obediência às
regras da casa. Essencialmente, o vigia de um evento BDSM. São também os
responsáveis por iniciar a festa e mantê-la acontecendo.
Edge play (édj plei): Atividades cujo risco é maior que o normal,
tanto físico quanto emocional. Por ser uma definição subjetiva para praticantes
específicos (i.e., o que é arriscado para mim, pode não ser arriscado para
você), não existe uma lista universal do que está incluído nesta categoria. No
entanto, existem algumas práticas que praticamente se encaixam sempre,
incluindo Fireplay, Gunplay, Breathplay (asfixia) e Bloodplay.
[ver citadas]
Electro-torture (eléctro-tórtchur) /
Eletrochoque: Uso de
estimulação elétrica para criar uma sensação física específica.
Encoleirado: 1. Submisso ou escravo que é possuído, geralmente (mas não
exclusivamente) em uma relação íntima amorosa. Um Dominador pode ter diversos
encoleirados. 2. Um status do Pet, para diferenciá-lo do “vadio”/ ”de rua”.
[ver Pet, Pet play]
Encoleiramento: 1. Aceitação formal, por parte de um
Dominador, dos serviços de um submisso. 2. A possessão de um Pet por um Mestre
ou Treinador. 3. A cerimônia onde um Dominador se compromete com um submisso
(semelhante a um casamento ou contrato).
Endorfinas: Endorfinas são substancias criadas pelo corpo para ajudar a resistir à
dor ou estresse. Inteiramente natural, são opioides produzidos pelo Sistema
Nervoso Central e pela Glândula Pituitária. O nome é a mistura dos termos
“endo“ que significa “dentro” ou “de dentro” e “orfina”, sendo uma redução de
morfina, ou seja, uma substancia como a morfina, originária de dentro do corpo.
A descarga de endorfinas no corpo pode criar uma sensação de bem-estar, até
mesmo de intoxicação, que é chamada de “Endorphin High”, ou “viagem de
endorfina”. Pessoas diferem drasticamente em sua capacidade de liberar
endorfina. A possibilidade de um indivíduo tornar-se viciado em endorfinas é
existente.
Enema / Chuca: O instrumento usado para, ou o ato de injetar
fluido no ânus para efetuar lavagem, purgação ou administração de medicamentos.
Algumas pessoas incluem enemas em cenas BDSM para humilhação ou preparação para
outras atividades (como fisting ou sexo anal), e/ou apenas por gostar da
sensação.
English / Ingles: Code word para Spanking ou punição corporal utilizado
em anúncios. Amplamente utilizado no exterior em mídia impressa baunilha. Por
exemplo: “Devoto de cultura Inglesa busca parceiro receptivo” ao invés de
“Sádico romântico procura amante masoquista”.
Equipamentos: Brinquedos, adereços, roupas e qualquer coisa que tenha sido usada
especificamente para a cena.
Escravo: Um submisso
envolvido em um relacionamento comprometido, incorporando uma fantasia
compartilhada de Mestre/escravo. [ver Submisso,
sub]
Estimulação Contrapolar: “Dói tão gostoso!”. Um tipo de estimulação
física que incorpora sensações tanto de dor quanto de prazer.
Fang-chung shu (Artes da câmara interna): Um termo coletivo para técnicas sexuais
taoistas (chinesas) praticadas para atingir a unidade com o Tao e/ou
imortalidade. São ditas capazes de induzir estados de consciência alterada.
Ho-ch’i (unificação de respirações) é uma técnica de Fang-chung shu. Os
objetivos e técnicas do Fang-chung shu são similares a algumas aplicadas no
BDSM.
Fetiche: Uma fixação sexual em uma atividade ou objeto.
Figging: Prática onde o Top insere uma raiz de gengibre descascada em forma de
plug na vagina ou ânus do bottom.
Firecupping (faiercãping) /
Copos de fogo: É uma forma de
Temperature play que utiliza uma técnica oriental bastante antiga que visava
extrair pequenas quantidades de sangue do paciente de forma a curá-lo de uma
enfermidade. Apesar de ser uma prática com fogo, o efeito é mais semelhante à
clamps e pregadores. [ver Fireplay]
Fireplay (faierplei) /
Brincadeira com fogo: É uma
Temperature play onde a chama utilizada chega muito próxima ou toca a pele.
Isto pode significar aquecer um bottom com uma tocha, acender combustíveis
sobre a pele do bottom, acender um algodão especial sobre o bottom e outras maneiras
criativas de utilizar o fogo. [ver Edge play]
Fire & ice (fáier en áis) /
Fogo e gelo: É uma Temperature
Play. O uso de calor e frio para estimulação sexual, especialmente cera
derretida de uma vela e gelo aplicado na pele. [ver Fireplay]
Fisting: Inserção total da mão na vagina (Fisting vaginal) ou no ânus (fisting
anal).
Flagelação: A arte de bater, chicotear ou açoitar um ser humano.
Flogger (flóguer): [ver Açoite]
Flogging (flóguin): [ver Açoitar]
Flying / Voando: um estado de consciência transcendente atingido
às vezes durante uma cena. Esta sensação foi descrita inúmeras vezes e por
tantas fontes independentes uma da outra que a sensação não é considerada
inválida, apesar de seu teor. Sentimentos descritos por submissos se assemelham
àqueles de experiências extracorpóreas e geralmente incluem uma ligação
psíquica com o Dominador. Mais comumente, esta ligação é sentida tanto como uma
corrente ligada ao Dominador ou como a sensação de estar cercado e protegido
pela presença ou consciência do Dominador. A exaltação e o vazio experimentados
após o Flying podem ser sentidos por horas ou até dias após a sessão.
Foot
Fetish (fut
fétish): [ver Podolatria]
French / Frances: Code word para beijos envolvendo língua,
cunnilingus e felação.
Continua na parte 2!
Até lá!
Até lá!
Mto bom, parabéns! Admiro o fato de se dizer iniciante, mais ainda a busca que faz antes de se dizer um experiente, só mostra a sua seriedade no assunto, mas pelo que vejo, não está mto longe, quem sabe em breve teremos o "Dilemas que um Dom experiente", Abraços...
ResponderExcluirValerie Velmont
Rsrsrs muito longe disso ainda, Valerie, mas... Quem sabe um dia? rsrsrs
ExcluirBom Dia Rasputin... Sou de São Paulo e estou iniciando nesse mundo, mas estou sem muitas referências sérias. Queria saber se tem indicação de livros, cursos (como bondage, Shintari), e reuniões formais/informais entre os membros.
ResponderExcluirfico grato desde já... abraços
Olá, Philippe! Livros, só em inglês. Procure por Douglas Kent, Jay Wiseman, Lee Harrington, Midori...
ExcluirSobre cursos em São Paulo, acho que o Lord Bondage do Arte Shibari Brasil pode te ajudar.
Abração e boa sorte!
Tem pagina no face ou canal no youtube
ExcluirTICO. Fetichista das antigas... Amei. Muito bom.
ResponderExcluirObrigado!
ExcluirSobre cursos em Belo Horizonte? Teria indicação?
ResponderExcluirInfelizmente nao... Mas procure a Domme Zingara. Ouvi falar bem dela.
ExcluirParabéns e obrigado pelo Blog. Tudo que li até agora foi muito bacana, util e esclarecedor. De forma simples e com suas palavras, torna tudo mais real, intimista e de fácil compreensão.
ResponderExcluirVoce conheve algum curso/grupo no Rio de Janeiro/RJ?
Vocé é hetero?
Abs
Diogo
Obrigado pelas palavras! Fico feliz de ver o pessoal curtindo os textos.
ExcluirEu tenho um grupo de estudos no whatsapp e dou workshops de Shibari em Niterói. Manda uma mensagem na página do facebook que eu te passo os links.
E sim, sou hetero. rs
Abração,
Rasputin
Sobre curso no RJ teria indicações?
ResponderExcluirCurso de que, Davi?
Excluir